Borboleta: voando pelos jardins, minhas asas são mãos, meus pés são asas. Aí de mim, sou como um serafim.
Lagartixa: deixe de besteira, para de dizer tontices...
Borboleta: que se passa, lagartixa amarga?
Lagartixa: estou há anos a te ouvir murmurando suas blasfêmias de vento. não bastar que vives de flor em flor, agora queres ser anjo?
Borboleta: que grito queres ouvir de mim, pequena e triste ameba? lamentos de dor eu deixo para os antigos poetas.
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