Para Nelly Sachs
Pelo céu estrelado eu vou
Morto talvez ou sonho invés
Uma mão se estende para
Minha alma no meio do céu
Relâmpagos eu ouço através
Dos muros que atravesso
Carrego os papéis da resma
As canetas sem tinta a memória
Durmo cansado e a máquina de
Escrever estala seu latido
E eu canto e eu gemia e eu vejo
Entre as linhas de fogo a guerra
Meu povo dilacerado minha angústia
A alma se foi enquanto vejo os
Caminhões com o gado (são judeus?
Em direção ao matadouro em silêncio
Enquanto as rezas e orações se tornam
Fumaça e o silêncio de Deus me angustia
Iluminosamente.
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