quinta-feira, 13 de junho de 2019
O poeta na cidade
Atravesso a cidade sem ser ninguém
E sinto dúvidas e dores, tormentos
Me vem.
Senti essa angústia
No campo, olhei as estrelas
Observei o vento com desdém
E não encontrei alguém.
Pedi ajuda. Claro, fui forçado
A isso pelo corpo, esse astuto
Maquinário da vida que segue
A risca as regras
Naturais que é forçado
A ter (liberdade não existe
Acredite.
Exala uma estranha catinga
Essa cidade
Que parece uma fêdida axila.
A qualquer lado que se queira
Lançar um grito de desespero
Não haverá resposta o ano inteiro.
Uma placa e muitos carros
Passam nessa rua tão carregada
De maldade. A cidade exala isso,
Não é?
A cada passo as coisas se repetem:
Casas de madeira, casinhas de tijolo,
Gente, gente, gente, como ninguém
Enjoa de ver gente ?
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