quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Construção mística de São Paulo
O frio que te corta
fundou tuas bases com o vinagre.
Lentos povos alçaram tua bandeira
quando a aurora
pendia na balança
para o sonho recém despertado.
Abriram as luzes para ti
para que colhessem o fruto vindo
do céu, quer fosse os anjos ou a
chuva, embora as nuvens
duvidassem de aviões.
Em ti o café reinou para os
príncipes burgueses do inferno,
e assim foi a solda e a luta,
e dentro de ti brilhou plenamente
uma lua incrustada de marfim.
Por fim mesmo não poderia
Por mim mesmo não poderia
esquecer que ressuscitavas
sempre a meia noite
entre a janela, o pátio e os prédios.
Céu canalizado por onde Deus
suavemente contempla as almas
aflitas que sorriem para o destino.
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