Mas o que dorme
também se levanta,
e aquele que ocultou
seus lábios beija
nuvens e fumaças.
Nas águas do mar
repousa todos os rios,
e as enchentes da terra
são lágrimas de tristezas.
Arcanjas belas percorrem
céus imensos, e o infinito
é o relógio da minha caneta.
Não há hora para descansar,
nem madeira, nem feno,
nem maça que possa ser
lançada no fundo das águas,
nem navio que possa seguir
pela terra, entre canaviais,
e caveiras de vespas esquecidas.
E tudo isso é um terremoto,
e há fogo nos vulcões,
e sofrimentos onde quer
que o mapa humano esteja.
A morte, esse pagamento
que a vida nos dá, não com
serenidade, nem risos nos lábios,
mais porque é impossível negar
as coisas que são, que existem
por si mesmas, sem explicação.
também se levanta,
e aquele que ocultou
seus lábios beija
nuvens e fumaças.
Nas águas do mar
repousa todos os rios,
e as enchentes da terra
são lágrimas de tristezas.
Arcanjas belas percorrem
céus imensos, e o infinito
é o relógio da minha caneta.
Não há hora para descansar,
nem madeira, nem feno,
nem maça que possa ser
lançada no fundo das águas,
nem navio que possa seguir
pela terra, entre canaviais,
e caveiras de vespas esquecidas.
E tudo isso é um terremoto,
e há fogo nos vulcões,
e sofrimentos onde quer
que o mapa humano esteja.
A morte, esse pagamento
que a vida nos dá, não com
serenidade, nem risos nos lábios,
mais porque é impossível negar
as coisas que são, que existem
por si mesmas, sem explicação.
Isso seria a seta do mar,
a colheita do trigo,
seria também o guaxinim
morrendo, o gambá subindo
os muros, os gatos transando
com ruídos de porcelana quebrada
pelos telhados, o pingo da chuva
em uma caneca lançada aos porcos.
E se tudo isso não bastasse
os livros jogados para o esquecimento
que não foram queimados pelos selvagens,
ou as asas das mariposas,
ou a misteriosa geografia das coisas que
se movem porque não querem existir,
existindo como tu e eu, como dois
amantes enroscados em uma cerca,
como dois cães brigando pelo mesmo
osso, como duas vespas enamoradas,
como dois monges indo tocar o sino
esquecido
na remota montanha onde tu e eu
somos apenas lágrimas e risos
que já não existem, porque outrora
eramos nossos ancestrais,
tu, e eu, bárbaros encolhidos
de medo do vento.
a colheita do trigo,
seria também o guaxinim
morrendo, o gambá subindo
os muros, os gatos transando
com ruídos de porcelana quebrada
pelos telhados, o pingo da chuva
em uma caneca lançada aos porcos.
E se tudo isso não bastasse
os livros jogados para o esquecimento
que não foram queimados pelos selvagens,
ou as asas das mariposas,
ou a misteriosa geografia das coisas que
se movem porque não querem existir,
existindo como tu e eu, como dois
amantes enroscados em uma cerca,
como dois cães brigando pelo mesmo
osso, como duas vespas enamoradas,
como dois monges indo tocar o sino
esquecido
na remota montanha onde tu e eu
somos apenas lágrimas e risos
que já não existem, porque outrora
eramos nossos ancestrais,
tu, e eu, bárbaros encolhidos
de medo do vento.
E quando passamos a cantar,
vimos que o fogo podia
queimar nossas mãos,
e em silêncio compomos
o ruído das águas,
tentamos decifrar
as odes das abelhas,
imitamos o gargalhar
do chá, das folhas caídas,
e tudo tinha sentido em nossas almas,
e nada fazia sentido porque já não existia.
vimos que o fogo podia
queimar nossas mãos,
e em silêncio compomos
o ruído das águas,
tentamos decifrar
as odes das abelhas,
imitamos o gargalhar
do chá, das folhas caídas,
e tudo tinha sentido em nossas almas,
e nada fazia sentido porque já não existia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário