domingo, 5 de agosto de 2018

A rosa do campo



Rosa, do campo,
muda, pálida, triste,
aprendi com você
a ver no sol a cor
rubra das suas pétalas,
e te amei, e te odiei,
dia sim, noites e noites,
e fui vendo suas raizes
profundas que em silêncio

se comunicavam com
minha alma de marinheiro,
porque estavas plantada
no meio do patio,
perto do mar,
dormias acordada,
ó rosa rubra,

bebendo da chuva
o cálice morno e frio,
e do vento abraçavas
o silencio espumoso
que o mar celebrava
porque tu, ó rosa, do campo,

vivias no jardim
calada, solitária, feliz.

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