Quantos rios se movem
em nossos olhos secos?
E peixes de cristais dormem
em nossas bocas dormentes?
Ai, rios, solitários como
as árvores no campo cheias
de abelhas e outros insetos.
Ai, rios, profundos, velhos,
rios, fontes onde os velhos
faunos se alimentam de folhas.
Não questiono minhas duvidas
em tuas águas transparentes,
nem quero cantar as coisas
sem a vibração das águas.
São muito os rios que se movem.
Serão esses os caminhos das lágrimas?
Vozes de rios, dormentes, poços.
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