Questionando o amor

Questionando o amor

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Manhã

Insondáveis palavras te escrevo nas cartas.

Noite

Não deixe para ontem o que se tornou depois.

Manhã

Que a luz entre pelos meus seios e nádegas.

Noite

Tua voz é a fonte dos gafanhotos.

Manhã

Sou uma mariposa sofrida e delicada.

Noite

És a fêmea dura da prata.

Manhã

Seu rosto é um ponto final no crepúsculo.

Noite

Eu beijo tua boca, eu beijo tuas nádegas.

Manhã

E se me virem morta, cheia de estrelas?

Noite

Teu véu será a lua e o meu corpo o teu sepulcro.

...