quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Adeus, ao campo



Sinto um frio no meu peito
amargo.
E é o campo que me diz
adeus.

A sombra cinzenta se aproxima.
Não é chuva.
São casas que
são construídas.
E o campo me diz
adeus.

Adeus, as ervas,
o mato, as mariposas,
vão dizendo, e eu vou
me despedindo.

Não tenho lágrimas
para dar para todo esse verde.
Queria ir junto para onde vão.
Desaparecem e reaparecem
em outra direção.

Adeus, adeus,
me valsa o vento.
Adeus,  é o que o campo me diz.
E eu só respondo
o mesmo.

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