sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

2º cena: o cigano e a cigana miram o céu



Cigano: Ó, nudeza. Ó, solidão.
Ó solidão imensa das mesas.
Uma estrela, outra estrela.
Azul coração, azul violão.

Cigana: Meus olhos de vinho
São escuros como o céu.

Cigana: As castanholas da vida
São o mistério do céu!

Cigano: Sua voz companheira
É mais lenta e melodiosa que
As vozes das mais belas.
Porque só te comparo
Ao lirismo da primavera.

Cigana: Ai, que o céu escuro chora!

Cigana: Ai, que a tempestade vem sem hora!

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