Amada, não será a primeira vez que
eu, com a cabeça mais embaralhada
jogue ao seu dispor meus versos como
uma carta recém-queimada no oceano.
Ando com tanto tédio que nem
se alegrar com a alegria me encanto.
Não consigo nem escrever direito
as mais belas odes do meu canto.
É assim que se sente o demente
escritor que escreve apenas por pavor?
A morte embaralha tua boca, amada.
Apaga a luz depois que saíres gozada
por entre a rua cinzenta e amarga.
Direi que te amo mais uma vez. Isso
já é a minha marca...
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