sábado, 2 de julho de 2016

O VENTO E O TEMPO

O VENTO E O TEMPO


O tempo
Ouço a voz do
vento soando em minha alma.
Gritando frases delirantes
que percorrem os meus
olhos noturnos.

O vento
Ó olhos noturnos!
Ó noite sinistra!
Mandem as mariposas
mortas de tédio na cidade
de volta ao campo, de volta a vida.

O tempo
Dai-me tempo, dai-me
tempo para dizer-te os
sonetos mais belos que 
posso escrever no mar.

O vento
Dai-me vento, dai-me
vento para dizer-te os
sonetos mais belos que
posso escrever diante do mar.

O tempo
Que entre mim e ti não
haja nada que nos prenda.

O vento
Que nada nos prenda.

O tempo
Que entre ti e mim não
haja nada que nos prenda.

O vento
Que nada nos prenda.

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