quinta-feira, 9 de junho de 2016

Lembrança


Tu dormias e eu sonhava
dentro do teu sonho.
Ai, que saudade dos teus
cabelos negros, do teu nome,
do teu suspiro, do teu carinho.
Tudo passou tão rápido quanto um por-do-sol.
Te perdi, te ganhei.
Tu ganhavas toda noite um verso
cheio de sangue e de suspiros.
E enquanto dormias eu sonhava
dentro das tuas mechas com o amor
dos rouxinóis e com as mariposas.
E por isso a minha poesia se
repete, porque tento te achar,
porque tento de alcançar na alva
escuridão da noite, na claridade do dia.
Não que isso vale algum sofrimento.
Tu dormias e eu sonhava
dentro do teu sonho.
Lembras?

Nenhum comentário:

Postar um comentário