Já é noite, de certo,
e o sol brilha no
outro lado desse
pequeno universo.
Eu, vorazmente
recito ao meu
coração o teu
nome. É noite,
estou pálido
como um outono.
O frio me con
some por dentro.
Eu choro pequenas
lágrimas em forma
de gafanhotos, en
quanto penso em
teu nome. Teu nome
de vinho, teu nome
de porto.
É noite, de certo,
e as estrelas fazem
companhia ao vazio.
Frias constelações
me esquentam a
alma.
É noite. É noite
e estou só. É noite
e eu converso com o E'terno.
É noite. E só. E eu murmuro
versos em silêncio.
É noite, de certo,
de certo há amores
de certo há cidades,
de certo há rios
de certo há lembranças.
É noite. O dia vem
como um navio
recém-chegado.
Abram as janelas:
a luz já vem para
nós todo.
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