Quantos anos?
Quantos por-do-sol?
Não posso viver nem
respirar sem ver
teus olhos obscuros...
Quantas terras?
Quantos dias?
Quantos sonetos?
Quantos mares?
Amada, amada
minha, quero recitar
para o meu coração
o teu nome melancólico
todos os dias.
Por que se move
nua como uma espiga?
Por que adormeces dentro
do meu sonho quando não
quero mais ser?
Qual o lema de tua família?
Qual o nome do teu suspiro?
Amada, amada minha,
dorme na brisa,
enquanto eu cavuco
o mar das palavras,
lapidando as rimas.
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