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Trotam cavalos enegrecidos
dentro dos meus sonhos mais profundos.
Meio acordado, meio adormecido,
entro nesses oceanos de galopes
sem ver o rosto ou a esfera
angelical de mulheres e árvores
belas...
Quem me trouxe à quela
estrela imensa de solidão?
Quem me tirou do lugar
da pluma, do pelo e da aragem?
Quem me quis mais fumaça
do que luz? Mais cimento do
que onda magnética?
Nos meus sonhos cavalos negros
trotam em busca de arco-íris...
Eu sonho com os relâmpagos do
dia, com as alegrias da noite,
com as bebedeiras das igrejas,
com os distúrbios dos amores...
Ah, deixem-me desenganado
pela vida, cheio de eclipses
belos e obscuros, pois quando
começo a descrever a paisagem
dos meus olhos, sei o quanto
existir é duro...
É possível que esses cavalos tão belos
sejam a lembrança de um amor
nublado de cinzenta tempestade e
de flores amarelas... Meio acordado,
meio adormecido vou descrevendo o
que é não ser, meio na brisa da vida,
meio na ventania da existência
sem sentido...
(foto: ilustrativa)
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