quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Vêm


Vêm, eu te declaro a tempestade, os sonhos, os reinos...
Vêm, traga contigo em suas mãos camufladas de luares tristes
o resto do meu ser afogado de navio enferrujado...
Vêm, vem voando nesse martírio sem fim, vêm...
Carrega tua boca de azeitona até os oceanos profundos
dos meus olhos de pelicano... Mais venha, venha correndo,
venha contente, venha sorridente, venha ardente, não como
Vênus, nem como a rainha do Meio-Dia, apenas venha sem
atrasos, sem lâmpadas, sem sóis, sem cristais, sem tabuleiros,
sem cimentos, sem igrejas, sem sofrimentos, sem postes de
ruas, apenas vem...

Nenhum comentário:

Postar um comentário