quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Onde moras, donzela?

Onde moras, donzela?

Onde moras donzela que não-mais existe?
Fluido de um sonho que se apaga em canto,
Onde um pássaro vermelho-castanho encontro
Nos vossos cabelos cor de vermelho sonho.

Posso imaginá-la de formas diversas na canção:
cantá-la assim: é alta, é baixa, tão magra, tão cheia!
Seria apenas um delírio de vê-la como sereia?
Onde moras donzela que não-mais existe?

O suspiro é a palavra que vai saltando na canção.
Como se eu mesmo fosse um espírito a escreve-la sem razão.
Onde moras donzela que não-mais existe no meu coração?

Pode ser um lugar tão alto e tão distante quanto um castelo,
E ser uma ruína, talvez dentro de uma tumba de algum cemitério.
Ali habitarás sem existir, no seu sono, no seu mistério.

é isso que espero: Onde moras, donzela?

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