sexta-feira, 21 de março de 2014
ela, me disse,
meu amigo,
certo dia,
desses,
em que,
eu, menino,
poeta, and
ava, triste,
dizia; o amor
meu querido,
como se eu
fosse
mesmo
capaz
disso,
é um
fogo
dentro
do umbigo.
Ora, eu
berrei
em seu
surdo ou
vido
meu p
oema
é um
pedaço
decoração
de vidro
e nenhum
ninguém
se não entende-lo
duvido.
Porém
apenas
mais
mas ela
me disse
quem
que belo
português
um certo
amigo
desses
disse
como
se eu fosse
explodir
e explodi
ora não me agredis-te
só disse
meu português
pensei que era
ruim mais o seu
é péssimo triste
(acrescento: e nem existe)
pode ela alguém ele você
até me influenciar o corpo
mas a alma do coitado do morto
não influência nem mesmo o todo.
Agora, se ela chegar um dia
e me falar: seu péssimo português
não me agrada, acreditem
sei mais russo que absurdo é um urso.
E se ninguém
me entender, bacharel?
Nem mesmo o burguês
de quem eu nunca pensei...
E os ricos? e os pobres?
eles todos estão famintos
e aposto meu amigo
que não irão jamais
quererem comer poesia.
Palavra é coisa barata,
por isso
a biblioteca
anda parada
como uma barata
pisada
por tristes
e silenciosas almas.
Como se eu fosse
mesmo servo da paixão
e fosse me entregar
de cabeça e coração
prefiro me esbaldar
de palavras e tintas
a discorrer sobre alguma
religião
ou vã
filosofia
e agora
que isso
que deixo aqui escrito?
é dizer
meu amigo
que ninguém
nessa vida morre
e quando morre
a vida vai além da morte.
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