marginália I

1- está de noite, estou num tédio centralmente atualizado em minha casa. agora eu vou recomeçar a contar dezesseis dezessete dezoito dezenove vinte. meu deus, quantas pessoas estão estraçalhando a pobre(nobre?) cultura lusa-brasileirafricanamericana. eu não tenho nada com isso é lógico que tenho alguns porcentos de culpa. Por exemplo: vou começar citando todos os nossos pecados capitais. Só não vale mais se culpar pela morte de Cristo. Não. É melhor continuar se culpando, é capaz do deus do antigo testamento ainda nos jogar uma praga por essas nossas vidinhas miseráveis. Somos todos culpados pelo pecado de adão. AMÉM. eu não estou brincando. eu gosto de ler/escrever/entender/conhecer/saber/ um dia desses talvez eu me encontre com você num castelinho lá na terra-média, mas por enquanto mas enquanto por mas poe encanto ou spinoza não sei por um milagre desses nós vivemos no universo. AMÉM.

2- esse é o segundo manuscrito que eu entrego para vossas mãos, senhoras e senhores eu quero deixar bem desabafado um certo comentáriinho que uma mocinha de dezoito aninhos me deixou. ela disse: sabe eu gosto das suas poesias, só que você deveria escrever, quando ela diz escrever ela quer dizer que ela tendo lido cerca de um livro na vida (um príncipe tal pequeno de um francês desaparecido) ela tem todo e total direito de dizer e me escrever em carta oficial ao congresso e ao itamaraty (lembrem-se senhoras e senhores que eu sendo um poeta da américa do sul, posso muito bem me transformar em um diplomata, mas eu recuso a pompa dos políticos, mais eu aceito o dinheiro) que sua opinião diante dos meus versos infelizes de amor devem ser acatados.

3- Senhoras maravilhosas gringas da Suécia e do Japão (países que até onde eu sei, leem), e Senhores e Cavalheiros do Sertão, eu quero deixar aqui minha breve gratidão a todos os escritores que estou lendo e que esses filhos da puta sejam lidos e que meus poemas sejam apagados pelos ventos do esquecimento. Isso é uma piada é claro.

4- estou sem vontade de escrever. Quem quer um poema que peça ao mc catra ou a presidente dilma. esses sim são poetas. eu sou um pobre que um dia passou fome e minhas lágrimas são recolhidas pelos anjos até deus. e que as suas também sejam. aDeus.!.