sábado, 10 de agosto de 2013
sabeia
Vôsseis sabeiam tudo uquanto dizem e não disseram. Eu fiz. Bastou um dia eul levantar questão e dizer assim: eu voltarei reencarnado. Brinquei . Ao mesmo tempo que eles disseram a tempo de me condenarem: _Isso é cousa de Deus não! Ajoelhei. Eu esqueço os meus compromissos com a verdade. Sâbeia disso que eu de nada sei. Teorizo. Como bom homem fui profundo, em beiras, beirando o quase. Ai parti a dizer em tudo que Deus não há, não houve e não haverá. Questionei. Amigos meus disseram: stá certo. que erro tem? dito, profundo eu dito. Em causo de dizer que eu era religioso a ajoelhar e dizer antes: sangue de Jesus me cubra. E foi indo e mesclei. Disseram: é encosto, é o demo. A fé voltou rápidim. Não nasci com isso, aprovo que eu me fiz assim, de certo errado fui andando. Deus há. Se não há, existe. É o que deduzi naquele santo dia, quando camarada meu, homem de certa conduta, disse-me que pós-morto há vida. Chorei. Eu antes de alegria não pulava. Ah, esse destino de ver estrelas. Assombreio de mim mesmo. Se há o demo há o Deus. Bem aprovo que cada um leva sua cruz para onde não sabe. Sâbeia isso, enfim, que alguns ganham amor sem merêce-lo, e merecem amor aqueles que nunca o tiveram.
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