Escondidos, teus olhos sobrevoam como pássaros de fogo
A chama do terceiro mundo, que arde esplendida in-contente
Onde seus passos vão se abrindo como cadeados
Na forma de um abutre negro, manchado de sonho
E o sangue ilumina suas asas de fantasias e ilusões.
Abre sua boca para provar el mel de la doçura magnífica
E saboreiam crianças, homens, mulheres, senhores e senhoras
A incomestível bala de metal de um revólver calibre doze.
Somos nós o que resta, e não somos ninguém,
Somos meros coitados, em pranto, e perguntamos:
para que tanto pranto? As horas são as mesmas de antes
Você vai dormir sossegado, eu dormirei perturbado.
Porque estamos separados nessa chama magnífica
Que arde sozinha, e quem se importa com isso? Com essa porcaria?
Fodam-se, que se tornem escravos de si mesmos
Por que a liberdade e o sonho de união nos escapa
Que belos pássaros de fogo, esses que sobrevoam velozes...
para T. Neto, grande márginal
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