sábado, 2 de fevereiro de 2013

palavras de um detetive literário assassinado


_Não há dúvidas nenhuma
Seguir entre as montanhas
geladas dos Andes de Nicanor Parra do Chile
até as terras fantásticas dos pampas de Borges.
Respirar o ar que ainda resta entre dragões e abutres
famintos por literatura e carne.
E duvidar da extensão concreta
E duvidar da extensão finita
E depositar no sonho uma única
espada de amor
sangrando entre
lembranças e balbucios tolos.
Foi o que me disse um detetive literário
Que uns dias depois
Foi bruscamente
assassinado.

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