quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Quantas trovoadas despertar-ão a alma sonhadora que
Quantas trovoadas despertar-ão a alma sonhadora que
Nas geleiras dos sonhos está despertando silenciosamente com os raios solares
Fundindo-lhe os olhos com as nucas, cobrindo-lhe a boca com o vento, soprando-lhe
o cabelo com o pó de produtos higiênicos de super-mercados capitalistas!
Quantas! Quantas ão de ser? E trovoarão até o anoitecer ou o amanhecer?
Mesmo com o céu fechado com as chaves do fim do mundo, ali estarei eu
Com o guarda-chuva (não quero me molhar) ao meu braço direito,
Com os óculos escuros postos sobre meus olhos,
Com o casaco caso faça frio. Quantas! Quantas trovoadas serão?
E quem gritará quando o barulho de canhão soar junto aos cantos dos galos pequenos? Eu gritarei apenas no começo do fim do mundo e tornarei a ver os
Sonhos dos imundos seres martelados pelo martelo do destino
Que é cruel e sobre-humano. E dançarei sobre a lua depois da meia-noite
E a lua irá desaparecer porque a vida retornará ao seu ponto inicial e o martelo
do ferreiro martelará, e os cantos dos escravos também serão ouvidos pelas
Multidões anti-poéticas que vivem mortas pelo mundo. Assim gritarão:
Que venha as trovoadas, que venham quantas o destino ousar nos mandar.
E assim gritarão os homens vitoriosos de medo: quem somos? quem seremos?
E ninguém responderá e as trovadas irão cessar, e então berraremos:
É para morrer apenas que então vivemos?
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