sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Se a vida fosse
O que? Basta
de me atacar
com esses pensar
e penso: e se a vida
fosse... e se a vida
fosse... Se ela fosse
O que? Uma esperança?
Espero. Uma alegria?
Como quero. Um
Cantar? Canto.
E resta o que?
Resta o sentir... e sinto
Tanto que dói.
Dói sentir tudo e todos...
Dói ser assim: um miolo.
Inteiramente miolo
Mais um miolo puro.
As máquinas já nos
Conquistaram. Ai
de mim que vivo sem
Um bom abraço, uma boa
Boca, um amor...
Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Se ela fosse o que eu...
Eu? Mais eu quero é
A sua felicidade. Deixe-me
Aqui na solidão do destino.
Cansa-me dedilhar notas
de amargura. E a amargura
É tão boa companheira...
Quantas asneiras por um dia.
Já é sonho, mais estou acordado.
É noite, mais estou acordado.
Tenho medo de dormir,
Pois dormindo sei que morro.
Morrer não quero. Quero
Vida... e
Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Essa infinta bondade
Que não há em mim.
Que não há em ninguém.
Somos maus até o fundo
Dos ossos. Nossas almas
Se impregnaram de maldade.
E a liberdade é um eco para mim.
Ai de mim!
Se a vida fosse...
Se a vida fosse...
Basta. Basta tudo. Só um verso
Não muda o mundo.
Que mundo
Imundo!
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