quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Para el Rey
o calor está alterando
o ritmo da canção, O
abstratismo toma
conta de uma
emoção falhada...
É tão falhada
Que acho que é preciso
Me transbordar de ira
E conquistar o eterno gozo.
Prefiro o céu e os trovões
Porque as éguas estão no
Pasto (ou em jaulas, ou em
Escolas...)... Prefiro as trovoadas
do amor, do sentimento culto
e lá em cima das nuvens
estrelas brilham, giram,
Como bêbados em uma festa
de despedida... Pobre de nós.
Pobre de nós ou de mim?
Meu ego deseja a égua.
Mais deseja cantar como
Camões, o vitorioso de um
Olho só...
Resta as flores de Florbela Espanca
España y Portugal
Latinos de mi América Castellana
Latinos de mi América Portuguesa
Somos unidos até os ossos frios
Até os vendavais de sangre que
Borbulha no fundo de nossa terra.
Resta Nicanor sobre os ventos do Chile
Resta Neruda em sua tumba de caracóis.
Resta Drummond enfiado em sua timidez...
E nos resta, resta pássaros altíssimos
Para vossa excelência: O amor.
Mas por favor, não deixe América
Que o sonho nosso, o seu, o nosso, o meu.
Ah... esse sonho é um sonho... e quando
Acordaremos desse berço esplêndido?
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