sábado, 7 de julho de 2012



O verde me cobre
mais não me sufoca.
Não me importa as 
horas, lá longe a 
tempestade está 
vindo e eu me adentro 
no terreno (ao meu lado o meu cachorro).


Aqui eu não sou eu,
me divido, não sei 
me definir entre essas 
árvores, que estão, umas 
ás umas, divididas em sí, 
cada qual acompanhadas 
uma das outras.


As três folhas em minhas mãos:
duas grandes, vermelhas
uma pequena, também 
avermelhada (quantas 
folhas jogadas).


Talvez eu fuja, mas essas
folhas não fogem, não podem
estão presas em sua tarefa de serem folhas,
e eu fujo de alguma coisa 
e estou entre jaqueiras formosas
(algumas são feias, outras dúvidosas).


Será mesmo possível
viver na alegria constante
tendo que olhar essas folhas
que tristemente coloquei 
(misturadas com as penas de rolinhas)


                                                                             no lixo?

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