segunda-feira, 28 de setembro de 2020

O AMOR É UMA ESTRELA QUE ME QUEIMA

 O AMOR É UMA ESTRELA QUE ME QUEIMA


para Isabel Garcia de Ataide Lima, Meu Amor que me Salvou das Trevas


O amor é uma estrela que me queima

Incendiando a noite com mil tochas divinas.

Francamente, acho que a  paixão engraça!

Os Homens usam o Amor como espadas.


Adormeci no teu colo de Musa.

Vi em teu rosto a mais bela das Fadas.

Ouvi uma voz na floresta, confusa

Que cantava Belos contos de fadas.


No colo do Amor tranquilamente adormeci,

Despertei com uma indomável tranquilidade.

Nos seus braços élficos amadureci.

Na sua boca ouvi a voz da divindade.


O Amor é uma Estrela que me Queima

Nos seus braçõs de amorosa magia 

Onde encontro no chão e na teima

Seu amor ETERNO que me sacia.


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

ixiiiiixxxxx

o exemplo fiél de uma grande obra de arte moderna, digna de t.s. eliot, w.b. yeats e william blake

 

A MAGIA OCULTA

 A MAGIA OCULTA


O tempo não quis ver o meu rosto,

Mesmo que pensei sordidamente que

Era apenas uma mariposa.

O tempo não quis me ver.

Minha barba cresceu como

A barba de um fauno do rio.

Noites severas castigaram

Os meus chifres serenos.

Por causa de um segredo

Tive que me alimentar de

Uvas bravas por mil anos.

Séculos e séculos não procuraram

O meu nome nos livros.

Justamente eu, aquele que

Dizia verdades com o Espírito.


Cavalguei triste com as mãos segurando

As celas do cavalo invisivel, 

E gotas de névoa nas árvores perfumadas

 Me diziam: _ Vejam as abelhas como trabalham

Contentes para sobreviver.

Calvaguei triste, e adormeci no gramado.


Uma bela fada nua com os seios de maça

Me trouxe na mão esquerda uma lua de avelã,

E na mão direita um sol verde como

Uma colina com mil frutos.

Me disse a bela criatura: 

— Sou a única que podes te ensinar

A magia oculta das eras antigas.

— Seria eu — perguntei encabulado, enquanto ela me coroava.. — O receptor de tal dom

Sem que entenda a linguagem das fadas?

— Diante das montanhas e da natureza,

Dos deuses do campo e dos bosque s — ela disse, com a voz embargada. — Te dou

A coroa das fadas, para que vejas os Abismos e as Fontes!



Desperto como se dentro de um espelho,

A noite me coroava como príncipe dos duendes.

No meio da testa morena uma estrela prateada

Pulsava como uma truta de ferro e ouro.

Levantando a cabeça do gramado molhado

Olhando no bosque mil elfos e duendes dançavam.

As fadas sem roupas nuas pareciam estrelas cadentes,

E os faunos tilintavam sinos de ouro reluzentes.

Quando a memória tentou se aproximar deles

Desapareceram como a chuva que brilha de manhã.

O tempo apagou as marcas de seus pés,

Suas mãos não estavam mais nos carvalhos tombados.

Meu rosto ficou envelhecido como um mago.

E tudo ficou esquecido no baú da

Magia Oculta de outrora. 

O DRAGÃO DO NORTE E O GUERREIRO DO OESTE

 O DRAGÃO DO NORTE E O GUERREIRO DO OESTE


Noites ocultas e estreladas coroam o céu frio como um rio de prata.
Sons de asas e galopes atravessam o ar como flechas lançadas em
Direções extremas dos céus. Como são belos os loiros alvos Élficos
Que levam no coração a espada da imortalidade e a vida em meditação.

Oculto como a sombra de uma criatura sem nome se vê aparecendo
Pelo espelhado céu de nuvens duas asas de morcegos, a Serpente do
Desespero, trajando a tocha do terrível e tenebroso tinir dos trovões:
O Dragão do Norte se levanta veloz e forte.

Ó furia de devorar as donzelas que gritam em desespero nas aldeias,
Pedidos de socorro são lançados ao céus que se vê em silêncio.
O Dragão destrói sem discernimento a beleza das catedrais,
E o grito das aldeias são os ecos do fogo melodioso de suas mandíbulas.

Vem até o Norte! Até o Norte, vêm! GUERREIRO,
Que o Oeste de ventos carrega o seu nome como um mantra.
Eis, aí vem o Belo Bardo! Trajando sua malha de ferro,
Levando nas mãos uma espada do mais fino e duro aço.

Vem até o Norte! Até o Norte, vêm! GUERREIRO,
Que o Dragão do Norte com ira e fumaça abocanha
Sem dó nem piedade, os velhos, as mulheres, as crianças,
E os mais valorosos homens fugiram como ovelhas desgarradas.

O galope da noite é fria, enquanto a Luz e o Fogo do Dragão
Comovem o rei, faz sofrer as damas da corte, queimando as
Mais belas florestas com seu fogo em tocha ardente, rindo,
Derramando sua fala em mil provocações, o Dragão sorri, maldosamente.

Vem até o Norte! Até o Norte, vêm! Guerreiro,
Montado em seu belo cavalo cinzento (que é na verdade uma égua),
Na mão a espada cintilante e, o escudo flamejante.
Nas costas o machado que irá degolar a vil fera.

O Homem-da-Lua devia estar dormindo para não ter visto o conflito,
Quando o cavaleiro com a sua armadura , com a sua espada desembainhada
Em fúria, avançou contra a maldita criatura.
Véus de fogo, escudo em cima da cabeça.

Tombou a fera como se tombaria um tronco de carvalho.
Mil vivas! Mil palmas, celebrando o Guerreiro do Oeste.
Infelizmente não resistiu  para os homens a celebração.
O Guerreiro tombou, como a fera, ao chão!

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

A SERPENTE DO MAR

A SERPENTE DO MAR


  Atravessando as águas do fim do mundo

Onde é mais belo o horizonte divino de nuvens,

Podemos ver com os olhos arregalados,

Imenso prazer, Se a imaginação cooperar:

A Serpente do Mar atravessando as ondas

  De espumas fortes!


  A embarcação que levava a mercadoria

Nas mãos de homens rudes, perversos,

Sem coração, 

Se viu de frente com a corpulência

Avermelhada e verde do escamoso ser.

Gritou a voz rouca e covarde do comandante:

   — Serpente do Mar, quem vais levar?


Aquele que viu os imensos olhos sem pálpebras,

Pesadelos com outras criaturas teve.

 Não esqueceu o horror dos imensos dentes brancos,

Quando o comandante da embarcação foi devorado

Pela língua vermelha da Serpente do Mar,

  Que dando meia-volta ao navio,

Partiu-o ao meio como um brinquedo de papel.


  Foi a Serpente do Mar para outras direções,

 Entrelaçada por estrelas, gritos, vozes, emoções.

 Seu imenso corpo nas profundezas das águas

Procurará voltar ao Mar quando em névoa 

Ecoar novamente a silhueta dos anjos e dos demonios

   Quando entrarem de novo no Reino das Guerras. 





THE SEA SERPENT


  Crossing the waters at the end of the world

Where the divine horizon of clouds is most beautiful,

We can see with wide eyes,

Immense pleasure, If your imagination cooperates:

The Sea Serpent crossing the waves

  Strong foams!


  The vessel carrying the goods

In the hands of rude, wicked men,

Heartless,

Found himself face to face with the corpulence

Reddish and green of scaly being.

The commander's hoarse, cowardly voice shouted:

   - Sea Serpent, who are you taking?


He who saw the immense eyes without eyelids,

Nightmares about other creatures had.

 He didn't forget the horror of the huge white teeth,

When the ship's captain was devoured

Through the red tongue of the Sea Serpent,

  That turning the ship around,

He broke it in half like a paper toy.


  It was the Sea Serpent in other directions,

 Entwined by stars, screams, voices, emotions.

 His immense body in the depths of the waters

Will try to return to the Sea when in fog

Echoing the silhouette of angels and demons again

   When they enter the Kingdom of Wars again.