quinta-feira, 30 de maio de 2013

diálogo

diálogo
_ Porque você não me explica o que é amor?

_ Porque você não me deixa demonstrá-lo?


terça-feira, 28 de maio de 2013

poeta/complicado

eu sou sombra
até onde
me acho.

eu sou sono
até onde
alcanço.

eu sou osso
até onde
sou carne:

fêmur, vivo
poeta/complicado.
é assim que morro
e é assim que nasço...


sábado, 25 de maio de 2013

vaga ela

vaga ela pelo mundo
vaga seu corpo
o corpo está nu sobre a cama.
fogo, fogo, pede fogo
o seu corpo 
e o mundo arde...
arde em mim
como... como... como...

Meu sono transparece...

Meu sono transparece em um sorriso, e
Ninguém apostou nas plumas do corvo...
Deixaram subir o fedor da carcaça da paixão,
E seus olhos se perderam no infinito...

Eu coloquei meus olhos no pleno das estrelas,
Alcancei alguma coisa que não significou 
Quase nada para nossos abraços: me perdi
Em teus sonhos, dormi serenamente...

E isso é que nos uniu em um só
Mas eu posso dizer que meu
Momento é dizer que as suas voluminosas

Vontades passam, assim como as minhas...
E um dia restaremos em alguém
Lembranças do tempo: pois tudo o que é vivo, morre!

Na lua branca meu peito se Estanca

Na Lua branca meu Peito se Estanca
Com Mensagens dos Brasões puros
Uma Espada gargalha aos pés da Ave
Que voa pálida e sinistra sobre o Céu.

A Lua se mistura a seu Peito de Onça
Que se envolve as cores dos Olhos
Noturnos de uma só mulher: és
A inconsolável Mulher que ama...

E sua verve de solida dominadora
Pois dos seios domesticados vãos
Com um grito de certeza: Esperança é seu nome!
e É seu peito que se envolve sobre a lua branca
que domestica a espada cortante do medo
e nisso o amor abrasa o peito. Em descanso, canto um acalanto!

no céu azul estrelas cantam...


for J.R.R. Tolkien

No céu azul estrelas cantam
Na montanha distante, o frio
E o fogo se abraçam juntos.
No cantar dos hinos as espadas
Fervem por batalhas de sonhos...
Na verde relva, campinas e sonhos
Lá longe uma história se escreve no papel...
O vento rufa junto aos uivos dos lobos,
Quem escuta a alegria não canta a dor
E é no céu azul que as estrelas cantam...  

terça-feira, 21 de maio de 2013

sentir sentir

sentir sentir tudo
para no extremo ato
ser simplesmente enterrado...

descobri

des
co
bri
a
e
ter
ni
da
de
ape
nas
to
ma
n
do
o
c
a

do
me
U
A
V
Ô

dois versinhos

Eu me dou
Mais com rios
Do que com a crueldade
Humana...




Me silêncio

é feito de

Muitas palavras..

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Eu andei esse tempo todo sozinho...

Eu andei esse tempo todo sozinho...
E posso lhe dizer que ainda tenho esse sentimento antigo...
Eles veem o que já não existe nos ossos do sofrimento
Eu posso dizer que continuo com esse sentimento antigo...
A beira de um rio de idéias eu mergulho 
Com meus cabelos imensos eu asseguro
Que o coração apaixonado ainda pulsa
Questionando quem lhe questionava
O amor que acabou por dentro apenas
Recomeçava...

No tempo
Escrevo
Deixo no
Espaço
Os passos.
Faço: hoje apago!
Amanha te grafo!

quando a poesia(...

Quando a poesia
Não valer mais
Os anjos chegarão
E o fim do mundo se anunciará...

anti-razão


cheiro da terra
que molha arazão
flor que eleva a
emoção...

quem cheira o
amor não colhe
a dor da terra
sem flor...

esse sol que maneira
a dor do meu coração
reluz na minha anti-razão: a emoção!

uma pecita...


cena 1

poeta:

você é o meu sono meu amor meu terno meu ternoamor minhas dores você é minha dor de cabeça: você é minha chama...

amada:

se eu sou tudo isso eu não sou isso eu sou tudo isso é o que eu sou eu sou o que você diz que eu sou e o que você diz que eu sou eu não quero eu sou o que você diz mais você continua chovendo no espaço/tempo de meus sentimentos e eu te pergunto: quem é você?

poeta:

sou o seu amor jogado no mar do nada... dos teus seios canto mel de poemas líricos e meus sofrimentos são versos... ternos... 

amada:

belas, mais tão vãs palavras...

poeta:

e você continua a não entende-las/nãoquerercompreendê-las/nemsequerousaslê-las!

cena 2

o fogo: eu queimo o papel eu me apago na água eu queimo queimo eu queimo e o vento me leva a onde ele quer.

boi: meus ossos estão enterrados no pasto! Estou mugindo com a solidão... o homem no campo vêm para a cidade: sonha, coitado, e ainda não sabe nem o bê,a, bá!

sertanejo: an...?

capiau paulista: an...?

capim: eu sou comida de boi, vaca, cavalo, mais as chamas do fogo me assustam e me escure: queimado me torno. 

cena 3

poeta: e é assim que termina esse derramamento de ação: que dou o nome de Em boca fechada não entre Mosquito ou Torturas de um Coração...

cortinas rapidamente...

sábado, 18 de maio de 2013

AMORPROFUNDO

criei-te
todas palavras
e mesmo assim
elas me faltaram...

nesse coração 
cingido de momentos
outros sóis habitam 
com luas e seios negros...

a tigresa/a pantera
da noturna paixão
saltava-me em eras
e depressa comiam
essas palavras que
eu inventava para
lhe alimentar os ouvidos...

do AMORPROFUNDO o que sei pouco sei.

AmaromardiantedomarAmar!

o meu tecto

o amor é meu tecto
mais mulher, é tu
o concreto que me
adentro dentro do tecto!

esperança


esperança
essa palavra
que é uma lANÇA
de aliAnça
bela é a
esperança

sexta-feira, 17 de maio de 2013

asas livres


Asas livres de tão belas
Formidáveis lábios, dera-me
Ela que é uma bala alvoroçada
Arrasta-me sem saber, bala rápida.
O estopim foi o lado acertado:
Voa tão alto em fuga, e é a Ferida que fica. 
Marca da Liberdade ausente: quanta Esperança
De em um beijo o Descanso encontrar...
Já é a loucura que me Abraça?
E suas Asas se afastaram, ó Pavão.
Sua voz se arrastou nessa bela enterrada:
Escrevi o desejo sem sabê-lo descrever.
Alto, tiro que fere certeiro e se esquece.
O amor é uma bala bem atirada e mal direcionada...

é o amor!

É o amor! Porém: e a fome?
Alista-me em algum sentimento
E deixa ele escrever um grito de 
Adolescente desesperado.

Porém é a fome! E o amor?
São duas estrofes parecidas.
Palavras cansam quem não sabe...
E a fome? E o amor? E o amor e a fome?

Isso, devora as atitudes tolas
Porém: o verso tolo é eterno.
Esqueça já o esquecido. Esqueça.

É o amor. Porém a fome passa.
E o que resta da fome do amor?
Basta de palavras: Idealize a atitude!

dois românticos


(A)
Deixa as palavras
Que te digo por aqui
Te ajudarem a se lembrar
Que ainda gostas de mim...

Meu amor não fique assim
O dia acaba e recomeça,
Basta ver o vento, as ondas,
Que sempre vão mais recomeçam...

Se eu sou o seu herói,
O seu anjo, o seu cavalo.
Se eu sou o seu camelo,
Seu jumento, seu sapato.

Quero ao menos ser poeta
Descansar na lua/seio
E meditar defronte a paz...
Eis aqui meu endereço:

_ Amor, fique um pouco.
Ainda resta o beijo de prazer...
Eu deixo escrito isso
Pra você e para as sete outras três...

(B)

O amor me devorou
O sonho me comeu.
Minha chama me queimou
Meu sonho recomeçou.

E o seu nome como cana,
O seu nome tão abstrato
Na garapa do amor me
Fartou de trigo e pão...

Ai, que canto sabendo
Que o suco do mel é
O milagre do céu...

Ai, que sei que o amor
Concreto e puro é um
Absurdo para essa era.

Mais já era: eu sou todo dela!



da serra ao mar

(A)


Agora pouco eu te vi: eusorri!





Eis que sou
Um só:
Há vários...




Uma estrela
Uma estrEla
Uma estreleza
Uma belestrela
Uma belastral
Uma baleia
Uma arara...

(B)

aurora
poesia
aurora
poesiauroraesiapo
auroesiapoesiaaurora
a aurora do mar
a serra do mar
a surra do ar
impressionista...


um sonho do som
o dia do pasto castellano
o dia do amor e do sonho
um sonho do som: sei... cantam as harpas...

linda


linda como um neném...
pra quem está sem...
tão puro e gay...

quinta-feira, 16 de maio de 2013

sensibilidade...

sensibilidade é o amor

uma flor suspirando ao vento...


um beijo com doçura de mel


uma abelha produzindo e'l mel


assim de eras em eras: ter a precisão


o único sentimento da paixão..

você é minha delícia...


você é minha delícia
minha denúncia
minha minucia
minha loucura
tão elegante...

quer...


quer palavras bonitas?

Frases ternas, eternas

& elegantes? Vá ao

Cemitério: os mortos

lhe-ão de dar...

(ou te assombrar?)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

defronte



A tua dor defronte a minha
No vermelhão do sangue das transparentes lágrimas.
Não é amor. Não. Sofremos juntos. Eu
Sei que me alegro em ser quem sou. Basta-me.

Agora eu ponho a tua dor em mim.
Se fosse amor... o verme me comeria!
Eu porém, de vivências me especulo.
Basta-me em ver-te com olhos. Basta-me.

Eu sou todo sentimento. Meu coração é
Uma granada que sempre explode. Especu
lou-me uma certa Ninininha: quem amas?
Mais eu guardo a tua dor em jarro. Basta-me.

Respondi defronte uma lua amarela, sem sangue.
Eu que tanto queria te ver empalecida, enamorada.
Fico em delírios e especulações: meu nome é amor, assina o coração.


Aqui

Aqui um sonho se levanta de uma tumba, e
A umidade do seu corpo não é de esfera:
_ És como o tempo, uma temperatura em
Outras. Mistério é o enigma do seu horário...

Deixa de ser um pouco e então serás!
No entanto, enxugas-te delírios pós delírios
De encantos... Amargo é sentir a morte 
Mais seu bafo não espanta o espírito...


A obsessão da morte, o ser em ruínas...
É que tudo, miserável que amo, é ruína.
Quase tudo... Eu tenho edificação em esperança...

Se o tempo tudo apaga, Pode construir
Deixa-me em tua mão e na tumba da paixão

Sentir a vespa, ou o lepidóptero partindo...


























terça-feira, 14 de maio de 2013

Verás


Verás a lua imensa e amarela
Como eu a vi, em escuramento.
Esse anseio de estampar meu peito
Na rima viva/crua/nua/tua!

E eu sou o pouco que falta
E você é o muito que eu quero.
Chega: eu tenho lágrimas do crânio
E é de ideal que faço o meu encanto....

E verás a lua amarela sobre o céu
Da sua boca o amor será o resto.
Deixa a dor apodrecer no esquecimento...

A alegria quando vem sem sofrimento
É um momento/puro/intenso.
Deixa-me o resto e verás a lua imensa e amarela.

Quando...


Quando der ao teu peito significado,


Esse simples tórax acessível


Um só dia ou outros tantos, rubro 


Como o coração indomável.



Restaria dizer (quantas coisas
Ainda se restam a dizer..) nesse


Lúgubre luar, nesse enterro


De sentimentos... Amor, amor.



Que ninguém doma o coração do poeta


Isso é sabido: é tão meiga fera.


Não ruge como quimera. O sonho passa...



Então o seu peito terá muitos significados


O sonho passa... Continue: quem domará


Rocha, Prantos ou Lua. Lira dos meus sonhos tantos...

Os ossos dos livros

Tuas vértebras são as palavras de sua coluna
E no entanto, seus ossos são frios. Ao
Osso capitato de suas orelhas, senti o frio

De algum dia ser-te tu devorado por vermes.


Séculos e séculos, assim você morre.
Quem te apagada? O tempo, o esquecimento.
Esse sentir por enquanto, puro, vivo é
O momento em que teus ossos são moídos.

Mais esqueça por enquanto isso em teu

Papiro silencioso. És os ossos alimentares
Da humanidade. Um dia hão de entender...


Por enquanto, corroem-se vossas

Sentimentais fragrâncias em osteoporose
E é assim que eu sustento vossa coluna com as mãos dos meus olhos!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

tão exaustos...

Tão exausto de nós mesmos
Meu sangue é asa, vai voando
Bate ao mundo, céu puro, puro...
E teu nome é apenas um nome...

Tão exausto, esqueço d' alma
Por que meu instante é brilho.
Apagado feito sol adormeço.
Vida alegre e triste: um poeta!

Porém nos campos que se vão
Exaustos... exaustos... O amor
Nunca cansa... Dias, dias vão
Noite e noites são: Cantam, cantarão...

eras tudo

Eras tudo, eras nada:
Sofrimento, contentamento.
Eras tudo, eras nada:
Era o cheio da Alma
Era o vazio do Momento.
Eras tudo, eras nada:
Hoje's se apagas, alva, D' Alva!